Após reunião, Inter de Limeira decide não aderir ao Profut

Em reunião extraordinária realizada terça-feira à noite no Limeirão, os conselheiros da Internacional decidiram não aderir ao Profut, que é o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.

Segundo o superintendente Celso Potechi, o desejo dos presentes era pela adesão, que se encerra amanhã. Mas para que o Leão entrasse no programa seria preciso pagar a primeira parcela, valor que segundo o responsável pelo Projeto 2017, não constava atualmente no caixa. "Não haveria tempo hábil para arrecadar essa verba em um curto período. Não tinha jeito", justificou.

Potechi explicou que a não adesão é uma atitude de responsabilidade fiscal, tendo em vista que o financiamento duraria 20 anos e o valor de cada parcela seria de aproximadamente R$ 50 mil, com abatimento de 50% nos dois primeiros anos.

O Profut é uma medida provisória sancionada no ano passado pelo Governo Federal que permite o financiamento de dívidas dos times brasileiros relacionadas à Receita Federal, FGTS e INSS.

Vale ressaltar que atualmente a Inter é um dos times com o maior número de apostas na Timemania. O valor arrecadado poderia apenas abater no saldo devedor do FGTS. Esses valores encontram-se bloqueados em virtude da dívida.

Potechi afirmou que se o prazo para adesão ao Profut for estendido, como por exemplo para o próximo ano, a Internacional fará de tudo para aderir, pois vê vantagens no programa.

"Essa atitude demonstra o comprometimento dos últimos cinco anos com as dívidas da Internacional, diferentemente de administrações passadas", completou. Hoje, o Leão deve entre sete e oito milhões de reais.