Entrada da Inter de Limeira no Profut depende da aprovação do Conselho Deliberativo
- Edmar Ferreira
- 21 de jul. de 2016
- 2 min de leitura

A nova diretoria da Internacional está mesmo disposta a colocar a casa em ordem. Depois de reunir cerca de 30 pessoas que realmente estão dispostas a trabalhar em prol do clube e dividir as funções, o superintendente Celso Potechi (foto) acaba de informar que o Leão está perto de aderir ao Profut, que é o Programa de Modernização do Futebol Brasileiro.
O programa prevê o refinanciamento da dívida do clube com a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, com o Banco Central do Brasil e com o Ministério do Trabalho e Emprego.
"A Inter financiaria toda sua dívida com os encargos em até 30 anos. Com isso, poderíamos receber os direitos da loteria Timemania mensalmente, que nos ajudaria a pagar as mensalidades do próprio Profut. Teríamos também o CNPJ da Inter liberado para tudo, ajudando nos incentivos e movimentações da conta bancária do clube", lembrou Potechi.
Contrapartida
Em contrapartida, a Inter precisaria cumprir determinações de qualidade e transparência na gestão, que vem de encontro com o que está sendo feito no Limeirão desde o início do Projeto 2017, no começo de junho deste ano.
Entre as principais exigências impostas estão a necessidade de estar em dia com as obrigações trabalhistas e tributárias, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do pagamento dos jogadores, inclusive dos contratos de imagem. Também a fixação do mandato máximo de quatro anos para cargos de direção e o máximo de uma reeleição.
Além disso, o clube precisaria publicar na internet a prestação de contas após ter sido submetida a auditoria independente. O gasto com salários e direitos de imagem do futebol profissional não poderiam superar 80% do faturamento bruto do clube.
Novos investimentos
A Inter precisaria investir no futebol feminino e nas categorias de base (que será auxiliado pela Lotex). Teria que reduzir gradualmente o déficit do clube em prazos e metas pré-determinadas. Também teria limitação na antecipação de verbas da gestão seguinte.
E o mais importante, segundo o programa, é afastar e deixar inelegível por 10 anos os dirigentes que tiverem gestão temerária.
Se a Inter não cumprisse com essas determinações, teria como punições o rebaixamento para a divisão inferior do Campeonato Paulista e a proibição da contratação e registro de novos jogadores pelo clube.
Mas para que a Inter aderisse ao Profut, será preciso a aprovoção do Conselho Deliberativo. Por isso, foi marcada uma reunião para a próxima terça-feira, às 19h30, no Limeirão.
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